PORQUÊ TANTAS RELIGIÕES DIFERENTES?

No meio de tantas igrejas cristãs, porque razão existem tão poucas pessoas que procurem aquela que Jesus Cristo fundou? Pensais que todas estas religiões podem ter razão, quando entre elas existem tantas diferenças na sua doutrina? Jesus Cristo fez uma promessa aos seus discípulos ao dizer-lhes: «Mas quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há-de vir» (João 16-13). Essas centenas de religiões diferentes, com todas as suas diversidades de ensino, poderão ter a verdade? Se somente uma de entre todas a tem, logicamente as outras estão erradas. Jesus Cristo disse: «Edificarei a MINHA Igreja...» (Mat. 16-18), Ele nunca disse «as MINHAS igrejas». Assim, Jesus não é o autor ou fundador dessas outras religiões ou igrejas, tão numerosas e variadas nas suas doutrinas. Pouco antes de ser preso, Jesus intercedeu junto de Seu Pai pelos seus discípulos e a sua igreja ainda não existia. «Eu rogo por eles, não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me destes, porque são teus. Não te peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como Eu do mundo não sou. Santifica-os na verdade: a tua palavra é a verdade... E não rogo somente por estes, mas também, por aqueles, que pela sua palavra hão-de crer em mim. Para que todos sejam um, como, ó Pai o és em mim, e eu em Ti; Eu neles, e Tu em mim para que eles sejam perfeitos em unidade» (João 17-9 a 23).

Achais que é possível, que todas as religiões que proclamam «verdades» diferentes, sejam santificadas pela verdade vinda de Deus? Serão elas assim unidas na verdade, como Jesus pediu a Seu Pai? Em parte alguma das Escrituras se encontra uma única passagem onde se afirme que a verdadeira Igreja viria a ser grande, ou que viria a ser forte, exercendo uma grande influência no Mundo. Jesus chamou-lhe: «O pequeno rebanho» (Luc. 12-32). Também disse que ela seria perseguida e dispersa e Jesus chegou mesmo a avisar os seus discípulos dizendo-lhes: «Se a mim me perseguiam, também vos perseguirão a vós» (João 15-20). O apóstolo Paulo também afirmou: «E, também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições» (II Tim. 3-12). A primeira perseguição, seguida de uma dispersão começou pouco depois da morte de Cristo. «E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a Igreja que estava em Jerusalém, e todos foram dispersos da Judeia e da Samaria, excepto os apóstolos» (Act. 8-1).

Então, porque é que essas igrejas, que pregam Jesus Cristo, não ensinam a sua doutrina, nem seguem o seu exemplo? Esta divisão não tardou a chegar, pois estava profetizada e desde então não deixou de aumentar, crescendo ao longo dos séculos. Jesus previu uma grande apostasia, que predomina na nossa época e que atingirá o seu máximo nos dias da grande angústia e tribulação. Ele disse: «Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos» (Mat. 24-4, 5). Jesus anunciava a chegada de vários dirigentes religiosos, que pretendendo falar no nome de Cristo, falariam dele, mas seduzindo muitas pessoas, ficando apenas uma pequena minoria com a verdadeira doutrina de Cristo. No seu sermão sobre a montanha, Jesus acrescentou: «Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que conduz à perdição e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta e apertado é o caminho que leva à vida e poucos há que a encontrem» (Mat. 7-13, 14). Muitas foram as advertências feitas pelos apóstolos à igreja, a respeito das seduções e dos falsos pregadores pregando uma doutrina errada. A este respeito, vejamos o que o apóstolo Paulo escreveu à igreja em Tessalónica «Ninguém de maneira alguma vos engane, porque não será assim, sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição. Porque já o ministério da injustiça opera». Aqui Paulo refere-se aos tempos do fim, que anteciparão o regresso de Jesus Cristo e acrescenta: «Então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda» (II Tess. 2-3, 7, 8). Já no tempo de Paulo abundava o abandono da Lei de Deus. O mundo Romano estava cheio de religiões vindas dos antigos «mistérios» da adoração de divindades solares. A elas associaram o nome de Cristo e os seus pregadores não tardaram a ver os seus fieis multiplicados. Por isso Paulo profetizou, que uma maior apostasia deveria existir pouco antes da vinda de Cristo, mas que o iníquo seria destruído por Cristo, quando viesse instaurar o Seu Reino sobre a Terra.

Quando o apóstolo João escreveu as suas epístolas, ele falou daqueles que se tinham infiltrado secretamente no meio das congregações e disse: «Saíram de nós, mas não eram de nós, porque se fossem de nós, ficariam connosco; mas isto é para que se manifeste que não são todos de nós» (I João 2-19). Depois da partida de muitos falsos pregadores, que levaram com eles os seus discípulos, uma outra apostasia, ainda mais importante, infiltrou-se na Igreja fundada por Jesus Cristo. Desta vez, foi o apóstolo Pedro que avisou a igreja, de que muitos cristãos iriam ser seduzidos, ao darem ouvidos a falsos profetas, que iriam ensinar e provocar heresias: «E muitos seguirão as suas dissoluções, pelas quais será blasfemado o caminho da verdade» (II Ped. 2-2). Eles falsificavam o sentido das cartas de Paulo (II Ped. 3-15, 16). Estes, ao contrário dos outros falsos pregadores, não saíram, mas continuaram no seio da verdadeira Igreja, acabando por expulsar os verdadeiros cristãos. Foi o que aconteceu ao apóstolo João, na sua carta dirigida a Gaios, escreveu: «Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não os recebe. Pelo que se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isso, não recebe os irmãos e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja» (III João 9,10). Era desta forma, que os verdadeiros cristãos eram postos fora da igreja, ficando assim dispersos e sobre os quais o apóstolo João disse: «O mundo não os conhece» (I João 3-1). O nome «cristão» perdia assim a sua importância inicial, devido aos falsos ministros, que se infiltravam no seio das congregações e que em nome de Cristo, obrigaram os fiéis a aceitarem falsas doutrinas, como se tratasse do verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo. O historiador Jesse Lyman Hurlbut escreveu: «Depois da destruição do templo de Jerusalém, no ano 70 e depois da morte dos apóstolos, a verdadeira Igreja parece ter desaparecido e assim se perdeu o seu rasto. Mas por volta do ano 120 apareceu uma igreja, que segundo muitas informações, era bastante diferente daquela que existiu no tempo dos apóstolos Pedro e Paulo». Mesmo que a Igreja, fundada por Jesus Cristo, estivesse dispersa e reduzida a um pequeno rebanho, do qual se tivesse perdido o rasto durante um certo período, ela não poderia desaparecer. Jesus tinha dito: «Pois também eu te digo que tu és Pedro». Aqui o nome Pedro é traduzido do grego «PETROS» que significa uma pequena «pedra» que pode ser deslocada ou lançada. E sobre essa pedra, aqui a palavra pedra é traduzida do grego «PETRA» que significa «rocha ou rochedo» que não pode ser mudada, uma rocha fixa. Essa rocha ou pedra é Jesus Cristo, como nos explica Isaías 26:16, e Salmo 118:22 e I Cor. 10:4.

«Edificarei a MINHA igreja, e as portas do inferno (ou da morte) não prevalecerão contra ela» (Mat. 16-18). Jesus queria dizer, que a sua Igreja, uma vez fundada, nunca morreria, mesmo passando por graves momentos de perseguição, dispersão ou passando despercebida e assim tem sido ao longo dos séculos e assim continuará até à vinda de Cristo. Como se sabe, depois de um certo período, os historiadores perderam o rasto da igreja do Deus Vivo, mas ela nunca deixou de existir desde o dia em que foi fundada por Jesus Cristo, até aos nossos dias. Ainda hoje, continuam a distorcer os escritos de Paulo, assim como outros livros da Bíblia, é desta maneira, que encontramos centenas de religiões «cristãs», todas diferentes umas das outras. Mas insistimos mais uma vez nesta verdade fundamental: se só uma foi fundada por Cristo e se só uma se encontra na verdade, não se poderá dizer o mesmo para as restantes. A confusão religiosa que reina, não será ela um pouco difícil de harmonizar com a passagem em Mateus 16-18, onde Jesus diz: «Edificarei a MINHA igreja» e acrescenta: «E eis que eu estou convosco, todos os dias até à consumação dos séculos» (Mat. 28-20)? Certamente que sabeis que a herança de Cristo não é uma mistura confusa. Deus não é um Deus de confusão (I Cor. 14-33). «A Tua Palavra é a verdade» (João 17-17). Jesus sempre se mostrou firme em todas as suas declarações, jamais Ele fez a menor concessão para com o pecado e foi por esta razão que as pessoas o odiavam.

Em matéria de religião, cada um pensa ter razão, cada um pensa estar na verdade, mas as coisas seriam muito diferentes, se cada um seguisse o conselho do apóstolo Paulo quando disse: «Examinai todas as coisas. Retende o bem» (I Tess. 5-21). No livro dos Actos, o apóstolo Paulo nos fala dos habitantes de Bereia, «que de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras, se essas coisas era assim. E muitos acreditaram» (Act. 17-11). Graças ao seu zelo sincero e imparcial e ao seu desejo de provarem a verdade, esses habitantes de Bereia acreditaram na Palavra de Deus, provando que efectivamente se tratava da verdade. O Deus Todo Poderoso revelou a sua verdade, cabe assim a cada o homem, o dever de a analisar, de obedecer, de se submeter ou não.

«Muitas pessoas juntas não se podem enganar!», é o que muitas vezes ouvimos afirmar, mas ignoram ou esquecem, que Satanás continua a enganar toda a Terra (Apoc. 12-9). Paulo definiu a igreja, numa carta a Timóteo, dizendo-lhe: «Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa, mas se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus que é a igreja do Deus Vivo, a coluna e a firmeza da verdade» (I Tim. 3-14, 15). Ele diz: «a coluna e a firmeza da verdade», uma boa definição sobre a qual meditar. Perguntai-vos se todas essas religiões cristãs, das quais Jesus não é o fundador, podem na verdade ter razão e ter nelas a verdade, toda a verdade, que Jesus prometeu aos Seus discípulos.