TANTAS CRENÇAS DIFERENTES

Todas as denominações cristãs, e elas são muitas se distinguem por diferentes pontos de doutrina. Cada uma delas interpreta as Escrituras à sua maneira. Igualmente afirmam todas, que os seus ensinamentos são bíblicos. A Bíblia é o livro mais vendido e traduzido no mundo, mas em vez de encontrarem respostas às perguntas que a sua leitura exige, muitas pessoas desviam o sentido das Escrituras para que estas se adaptem às suas opiniões e às suas crenças.

Porque razão as religiões são tão diferentes umas das outras, tendo em consideração a afirmação de Jesus: «Quando vier aquele Espírito de verdade ele vos guiará em toda a verdade.» (João 16:13). O Consolador já veio, e que constatamos nós? Uma enorme quantidade de religiões "cristãs" com crenças e doutrinas diferentes. Não pensais, que se elas fossem todas conduzidas pelo Espírito da verdade, o Consolador, que elas deviam todas falar a mesma linguagem e praticar e ensinar a mesma doutrina? Infelizmente não é isso que acontece. No entanto Jesus acrescentou: «A verdade vos libertará» (João 8:32). Um libertado é uma pessoa que está livre da prisão ou da escravidão. A verdade nos libertou da escravidão do pecado. Ela deve permitir-nos de nos afastarmos dele. Muitas religiões ensinam os seus membros a afastarem-se do pecado, ou sem o saberem, os levam a cometer o pecado? Quantas são aquelas que têm o nome de Cristo, e não procuram fazer a sua vontade, que infelizmente não interessa que muito poucas pessoas? A maior parte dos «cristãos» procuram ter um Deus à medida. Um Deus que não lhes imponha alguma prática desagradável. Eles limitam a obediência, ao conforto pessoal. Quer-se um Deus, que seja compatível com a nossa maneira de viver. Fabricam um Deus que não é o verdadeiro Deus, e é já o suficiente para transgredir o primeiro mandamento (Êx. 20:3).

Em busca de um Deus à medida, agarram-se a algumas passagens bíblicas, que retiram do seu contexto memorizando-as. Que estranho cristianismo! Acreditais que tem algum valor aos olhos de Deus? Por exemplo, aceita-se facilmente esta pequena frase bem conhecida: «Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo» (At. 16:31), deixando de lado sem interesse, o que o apóstolo Pedro disse ao falar à multidão que o rodeava, quando lhe perguntaram o que deviam fazer para serem salvos. Pedro respondeu: «Arrependei-vos e convertei-vos» (At. 2:38 e 3:19). Arrepender-se é admitir perante Deus que se pecou, que se transgrediu a sua lei (I João 3:4). Converter-se é procurar viver de uma nova forma, de acordo com os mandamentos e as leis de Deus.

Jesus levou consigo a culpa dos nossos pecados. Ele morreu para pagar a nossa culpa, essa culpa que nós devíamos pagar por causa das nossas transgressões. Apesar disso a maior parte dos que se dizem cristãos, continuam a viver numa vida de pecado, como se Jesus Cristo tivesse morrido para nada. Abram bem os olhos e meditem um pouco, e compreendereis que existe um paradoxo entre o que essas pessoas dizem ser, «cristãos» discípulos de Cristo, e o seu comportamento. Do mesmo modo a maior parte das pessoas não se preocupam com Deus, somente quando sentem a necessidade da sua intervenção, como em caso de doença. Fora disso, elas vivem como bem lhes parece, esquecendo que as promessa divinas são sempre condicionais. Temos aqui a esse respeito dois exemplos: 1º «E será que, se ouvires a voz do Senhor teu Deus. Tendo o cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno ... E todas estas bênçãos virão sobre ti». 2º «Será porém que se não deres ouvidos à voz do Senhor teu Deus, para não cuidares em fazer todos os seus mandamentos que hoje te ordeno e os seus estatutos, então, sobre ti virão todas estas maldições que te alcançarão» (Deut 28:1-2, 15). Depois destas palavras, encontrareis no décimo oitavo capítulo do Deuteronómio, uma lista de bênçãos e também uma lista de maldições, que acontecerão quando se fizer a má escolha. As leis foram dadas para que o homem pudesse viver feliz e conservar uma boa saúde. Ignoram-se, transgridem-se e logo que chega a causa dessa transgressão, então voltam-se para Deus implorando o seu socorro. É isto lógico? Temos aqui mais uma promessa condicional. O apóstolo João escreveu: «Qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos; porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista» (I João 3:22). Esta mensagem de João é clara: se nós transgredirmos os seus mandamentos, é inútil nos dirigirmos a Deus, Ele não nos escuta. Tomem o tempo e o cuidado para verem se o vosso cristianismo é apoiado sobre ideias pessoais, ou sobre a palavra de Deus na sua totalidade.

No primeiro versículo da Bíblia, Deus apresenta-se na qualidade de criador e diz assim: «No princípio, criou Deus os céus e a terra» (Gên. 1:1). Quanto ao apóstolo Paulo escreveu: «Pela fé, entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados, de maneira que, aquilo que se vê não foi feito do que é aparente» (Heb. 11:3). Mesmo assim, fala-se no mundo da matéria original, do big bang e de tantas outras suposições. Procuram afastar Deus da sua criação, mas nunca conseguem provar as suas afirmações. Quantas denominações admitem que se aquilo que nós vemos no Universo e aquilo que nós não vemos existe, é simplesmente porque Deus falou? Ele ordenou, e pelas suas ordens os planetas, os sistemas solares, as galáxias apareceram por um acto criativo do Criador Supremo, e não através de uma evolução que continua teórica e sem ser provada. Fazem-nos muitas vezes a seguinte pergunta! Não é verdade que há neste Universo estrelas que morrem e outras que nascem? A criação dos céus e da Terra, assim como de todo o Universo físico descrito no primeiro versículo da Bíblia, foi terminada há milhões de anos, ou talvez mesmo há biliões de anos. Assim se estrelas nascem ou desaparecem é apenas um processo, um ciclo de continuidade, mas a origem da matéria e da energia foi um acontecimento que se passou muito antes da morte ou do nascimento de novas estrelas. As pessoas recusam acreditar num Deus Criador Supremo simplesmente porque querem um Deus à medida de acordo com as suas crenças. No princípio da Bíblia, o primeiro versículo é já suficiente para determinar se as diversas religiões ou denominações são conduzidas em toda a verdade pelo Espírito Santo. Um outro elemento que vos ajudará na procura da verdade é o segundo versículo da Bíblia. Também este não é tomado em consideração pela maioria dos «cristãos», que fazem assim da Bíblia uma espécie de lenda destinada aos espíritos simples. Este versículo diz: « E a terra era sem forma e vazia» (Gên. 1:2). Pensais que este Deus, um Deus de ordem (I Cor. 14:3) teria criado qualquer coisa «sem forma e vazia» ou seja segundo o original hebreu, num estado de «tohuw-bohuw» que quer dizer desordenada, confusa, caos? Pensais que o Deus Todo Poderoso não é capaz de criar qualquer coisa de maravilhosa, harmoniosa, sem ter de passar pela desordem e pela confusão? A Bíblia responde a esta pergunta. Podemos ler que quando Deus fundou a Terra, que os anjos assistiram à sua criação, e que ao verem a maravilha que Deus acabara de criar, todos eles cantavam e rejubilavam (Job 38:4, 7). Teriam eles feito isto diante de Deus ao verem uma coisa desordenada, no caos e na confusão? Também nas Sagradas Escrituras nós podemos ler que Deus teve que «renovar» a face da Terra (Sal. 104:30). Porquê? Porque ela «veio a ser sem forma e vazia». Se a vossa igreja recebeu o Espírito da verdade, ela segundo a promessa de Nosso Salvador, deve conduzirvos em toda a verdade. Caso contrário ela não o terá recebido. Teria Deus feito promessas ao acaso? Ou teria Ele falado por falar? Se Ele tivesse apresentado factos reais por factos imaginários que confiança poderíamos nós ter então na sua palavra, nas suas promessas e na sua salvação? Não! Deus não se enganou. Desde a primeira página até à última página da Bíblia, é lá que se encontra a verdade. É uma entidade preciosa da qual não se pode excluir nenhuma parte. Cabe a cada um de vós a responsabilidade de comparar as vossas crenças com a palavra de Deus. Porque não fazeis como os judeus de Bereia? A Bíblia diz deles: «De bom grado receberam a palavra, examinando cada dia, nas Escrituras, se estas coisas eram assim» (At. 17:11). Se vierdes a seguir o seu exemplo ficareis muito surpreendidos, ao verificardes, que a maior parte das doutrinas que aprendestes, não têm nada de verdadeiras, porque são simplesmente a continuação de antigas crenças pagãs, nem mais, nem menos.

Assim se as vossas crenças estão em contradição com a Bíblia, podeis concluir facilmente que não sois conduzidos em toda a verdade. Recordai que a palavra de Deus não pode ser um pretexto de interpretação pessoal, nem se pode contradizer, porque neste caso ela destruir-se-ia a si própria. Jesus disse: «A escritura não pode ser anulada» (João 10:35). Para terminar recordemos as palavras do apóstolo Pedro que afirmou: «E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu, àqueles que lhe obedecem» (At. 5:32). Todo o que desobedece a Deus, que se opõe à sua Palavra, que vive no pecado, que transgride a sua lei (I João 3:4), que ensina que o dia do repouso semanal é o primeiro dia da semana, em vez do sétimo dia da semana o sábado, como Deus o estabeleceu, que despreza as festas de Deus, substituindo-as por festas de origem pagã, esse tal não pode ter o Espírito de Deus, o Espírito Santo. Neste caso não é discípulo de Jesus Cristo.